sábado, 18 de junho de 2011


(hoje em dia os dicionaristas me emocionam mais do que os poetas.)


Num livro de gramática de mil novecentos e setenta e cinco, encontro dois papéis soltos: as letras de meu pai e de minha mãe, aprendendo as conjugações do verbo vir e amar e os tipos de pronomes em português e uma tentativa de saber se ansiedade é com “s” ou com “c”.

Na letra da minha mãe: eu amo, tu amas, ele ama. eu venho, tu vens, ele vem. Eles estavam aprendendo gramática. Não sei exatamente o porquê e, na verdade, acho que não quero saber, mas essas conjugações, como diria o Drummond, me emocionam como o diabo.



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